terça-feira, 29 de abril de 2008

Para todas as coisas: Google


Para noites de insônia: internet;
Para grandes distâncias: skype;
Para matar a saudade: webcam;
Para encontros casuais: msn;
Para troca de mensagens: e-mail;
Para parecer mais nova: photoshop;
Para comentar: blog;
Para arquivar: pen drive;
Para a falta de tempo: podcast;
Para uma segunda chance: second life;
Para registros e memórias: youtube;
Para "quem sou eu": orkut;
Para todas as coisas: google.
(Parafraseando a canção "Diariamente" - Marisa Monte)



Por Juliana Brito e Raquel de Holanda

Ninguém melhor para falar sobre o Google do que um usuário assíduo. Na missão de achar um entrevistado ideal para dividir com a gente sua experiência com a internet encontramos Clemente Vieitas Júnior. Programador e analista de sistemas, Clemente atua profissionalmente na área de informática desde 1988, e há 8 anos utiliza a internet como fonte de trabalho. Desenvolveu sistemas web por dois anos para o jornal O Povo, e foi um dos responsáveis pelo lançamento do portal NoOlhar, ganhador de dois prêmios Ibest (2001/2002). Ao criar a Invita Agência Web abriu as portas do mercado internacional para seus sistemas, conquistou empresas nos Estados Unidos, Portugal, Chile e Japão. Atualmente é sócio da empresa Clips Serviços e Multimídia, controladora das marcas “Layout Comunicação” (agência de publicidade) e “Portal ToCasando” para noivas. Nosso entrevistado é um típico internauta da “Geração Google”, ele usa pelo menos quatro ferramentas todos os dias. Na entrevista, Clemente conta sua interação online e revela até que comanda sua empresa a distancia, com ajuda dos serviços do Google.


Juliana e Raquel - O Google existe há mais de vinte anos, mas tornou-se uma ferramenta indispensável aos usuários nos últimos dez anos. Antes dele você já utilizava a internet como fonte de pesquisa?

Antes do Google eu utilizava basicamente dois buscadores. O Cadê, antigamente a melhor solução quando você buscava algo no Brasil, e o Altavista, que era o melhor em buscas internacionais, além de ferramentas de tradução e busca de imagens, coisas comuns hoje em dia, mas que eram diferenciais alguns anos atrás.

J e R - Depois do sucesso do buscador Google, a empresa criou diversas ferramentas, quais delas você utiliza no seu dia-a-dia e com que freqüência?

Uso diariamente o buscador (www.google.com), a agenda (calendar.google.com), o e-mail (gmail.google.com) e o comunicador instantâneo (talk.google.com) do Google. Freqüentemente também preciso dos serviços do Google maps. E quando estou viajando, uso mapas no celular (maps.google.com/gmm).


J e R - Você melhoraria algo nas ferramentas que mais utiliza?

Utilizo mais o buscador e a agenda. No buscador não teria muito a adicionar, mas na agenda ainda existem muitas funcionalidades a serem incluídas, como, por exemplo, a sincronização de múltiplas agendas com o outlook (hoje em dia o google só permite a sincronia entre a agenda principal e o outlook), mas são poucas coisas a serem melhoradas.


J e R - Ao utilizar as ferramentas do Google, seu principal foco é trabalho e produtividade ou entretenimento?

Com certeza utilizo muito mais para trabalho e produtividade, mas não somente com esse fim.


J e R - De que forma as ferramentas do Google modificaram o seu "relacionamento" com a internet?

Sem dúvida o Google facilita muito meu trabalho. Como trabalho com internet, o Google facilita as pesquisas de conteúdos, busca por notícias, fotos ou imagens para ilustrar trabalhos, matérias. Além de claro, facilitar a comunicação com funcionários e vendedores da empresa, uma vez que passo mais de uma semana por mês viajando. Através das ferramentas do Google tenho controle da empresa sempre que estou longe, verificando a agenda dos funcionários e vendedores, falando com eles online, independente se estou em Fortaleza, Brasília, Goiânia, Belo Horizonte ou se estou em casa resolvendo assuntos particulares, e até doente, na cama. Graças a internet, as pessoas conseguem falar comigo a qualquer momento do dia, e o Google ajuda nisso, mas não que seja impossível de se fazer isso sem o Google. Todas as ferramentas do Google têm similares no mercado, algumas até melhores.

Outra importante colaboração online é a troca de informações e arquivos através da rede, sem a necessidade de alguém estar em um lugar físico determinado. Passei alguns dias em um resort no interior de Goiás no início deste mês, e ninguém que trabalha comigo soube onde estava, bastava marcar horas para reuniões online e pronto, estava eu na frente do computador conversando com todos, resolvendo tudo e quando acabavam os problemas, eu ia descansar novamente.

Outro exemplo do Google no meu trabalho é que no Portal ToCasando alguns dos profissionais que anunciam conosco tem um mapa de localização de suas empresas para o público saber exatamente sua localização antes de sair de casa. Esse mapa que utilizamos é o do Google Maps, mas temos muitos outros similares que oferecem o mesmo, como Microsoft, MapQuest, Maplink, entre tantos outros.


Leia mais: veja matéria de Carla Soares Martin do portal Comunique-se sobre Google, com o editor-chefe do portal do Estadão: “O desafio na web é criar impacto”.



quinta-feira, 10 de abril de 2008

Seu programa favorito quando e onde quiser



A tecnologia não pára de avançar. Em todas as áreas, as descobertas vêm revolucionando o mundo e a vida das pessoas. E na comunicação não poderia ser diferente. Em tempos de era virtual, comunicação virou sinônimo de multimidialidade. As novas possibilidades de difusão de informações surpreendem a cada ano, e, desde que as mídias começaram a interagir, as notícias chegam cada vez mais completas e rápido às pessoas.

Podcasting é um ótimo exemplo dos novos e ilimitados meios de comunicação que apareceram nos últimos anos. Por definição, podcasts são arquivos de áudio personalizados, gravados em mp3 e disponibilizados na internet. Músicas, entrevistas e narrações em mp3 não são novidade na rede mundial de computadores. A inovação que o podcast traz é a possibilidade de o ouvinte receber automaticamente as atualizações dos programas de rádio, sem ter que visitar a todo instante o site em que ele é produzido. Através da tecnologia RSS o ouvinte é notificado a cada nova edição do programa, que é instantaneamente baixada em seu computador.

A idéia de difundir sons e imagens e ao mesmo tempo criar um produto que pudesse ser armazenado no computador ou em mp3 surgiu do ex-VJ da MTV Adam Curry, que desenvolveu o primeiro agregador de podcasts do mundo. Já o nome, criado em fevereiro de 2004, veio da junção de Ipod – marca de um aparelho de mp3 da empresa norte-americana Apple – com broadcast, que significa tanto radiodifusão como teledifusão.

Com o lema "ouça seu programa favorito quando e onde você quiser", os podcasts vêm conquistando uma geração que não tem tempo a perder. A diversidade de assuntos encontrados na podosfera é enorme, os conteúdos vão desde culinária à informática. A possibilidade de escutar somente assuntos favoritos e de graça é o grande atrativo do podcasting. Outra característica marcante é a liberdade para fazer um programa que foge do padrão das rádios comerciais.

Estar do outro lado, criando os programas de rádio, também não é muito difícil. Hoje, qualquer internauta pode se transformar num radialista. Para fazer um podcast basta ter um computador equipado com programas para edição de áudio, que são encontrados gratuitamente na internet, e um curioso tema para ser desenvolvido.

Aqui no Brasil, um dos precursores foi o DJ Billy Umbella, produtor musical há mais de 15 anos, ele procurava a independência total para tocar somente as músicas que quisesse. Nas rádios comerciais em que trabalhava isso era impossível, mas rapidamente ele encontrou uma saída: aderir ao podcasting. Ele começou as produções independentes em 2005 e logo sentiu necessidade de ampliar a geração podcaster, foi quando criou a Associação Brasileira de Podcasters, em 2006. A entidade, além de reunir os interessados em podcast, divulga a utilização desta mídia como meio profissional e cultural, perante a sociedade brasileira.

Para saber mais sobre podcast:
As convergências, os podcasts e os integrados
Perfil dos podcasters
Podcasts: possibilidades

Inteligência coletiva


A época em que leitor/receptor era passivo, sem dúvida, já passou. Hoje a história é bem diferente e o surgimento da web 2.0 veio confirmar esse boom da inteligência coletiva. São vários os significados dados a esta expressão e quanto mais ela fica conhecida, mais seu conceito é ampliado. Para a jornalista Ana Redig, especializada na área, web 2.0 é o nome dado à nova fase da Internet, baseada em inteligência coletiva, isto é, na construção coletiva do conhecimento. Nada mais a cara da internet do que poder interagir e colaborar na organização de idéias e conceitos.


Aquela história de que a imprensa é o “Quarto Poder” se desmanchou no ar com a rapidez do avanço tecnológico. Os internautas invadiram as plataformas da web, e evoluíram de meros usuários domésticos para veiculadores de informação. Enciclopédias eletrônicas, blogs e sites de notícias. Espaço para as colaborações online não falta e essa prática só tende a crescer.


Um dos exemplos mais comuns de internet colaborativa é a Wikipédia, nela qualquer pessoa cadastrada pode inserir conteúdo informativo. Eu disse qualquer pessoa, basta se cadastrar. Eis o lado problemático da web 2.0: como confiar em qualquer pessoa? Em quem iremos acreditar? Sem avaliar o impacto que isso causa na educação que já está atrelada às tecnologias de informação e comunicação.


Quanto mais o mundo se torna multimídia mais facilidades e problemas vão surgindo. Não dá mais para regredir, essa é a nova era da comunicação! O melhor agora é ensinar aos pequeninos como lhe dar com as ferramentas da modernidade, já que todos podem ser autodidatas, jornalistas, pesquisadores, colaboradores e etc. Todos nós fazemos parte da inteligência coletiva, basta escrever e postar na internet, os acessos já estão garantidos.

Blog: espaço de múltiplas subjetividades



Sempre que uma nova mídia surge, começam os boatos de que a mídia antecessora vai acabar. Foi assim no surgimento do rádio, da televisão e da internet. Mas os comentários não passaram de boatos. Cada meio tem suas características específicas e suas qualidades. O jornal impresso pode ter um texto mais elaborado e aprofundado. A televisão une imagem e áudio, levando as informações com rapidez para nossas casas. No rádio as notícias são apenas ouvidas, mas ele ainda consegue ser mais ágil que a TV e interagir com o público. Já a internet une texto, áudio, imagem e interação. Desse jeito não dá pra competir, né? Bem vindo a multimidialidade!


É no turbilhão de possibilidades do mundo online que o blog está inserido. Através dele você pode quase tudo. Pode escrever suas experiências cotidianas, postar suas fotos, exibir vídeos e arquivos de áudio e muito mais. Entre tantas aplicações os blogs se caracterizam como uma ótima opção para disseminar a prática de técnicas jornalísticas online. Como exemplo, cito o blog do jornalista cearense Eliomar de Lima. Nele você encontra as notícias mais quentes do Ceará e os assuntos mais repercutidos no Brasil e no mundo. Seja através de foto e texto, seja num vídeo, num comentário, numa enquete e até em forma de charges.


A maior qualidade do blog é a facilidade e a rapidez que ele oferece tanto para o dono quanto para os visitantes. O imediatismo é outra característica marcante. Para Eliomar de Lima “aconteceu, virou manchete”. Na redação de TV onde estagio, todos os jornalistas antes de começarem seus afazeres dão uma conferida nos posts do dia, que podem até servir de idéia para sugestões de pauta.


A liberdade de expressão em que vivemos contribui para as mais distintas formas de comunicação que avançam todos os dias. As possibilidades oferecidas pela internet para se informar, se comunicar, interagir, criar, pesquisar e viajar se tornam cada vez mais usuais no século XXI. No ciberespaço, o blog é o lugar ideal para registrar suas múltiplas subjetividades. E lembre: para ter um blog não importa a escolha do conteúdo e sim a vontade de registrar e compartilhar um assunto.